Davi,

Minha história é bastante peculiar pois, apesar da demora da aprovação, o que é um traço mais ou menos comum aos candidatos à Magistratura do Trabalho, o que mais chamava a atenção era o fato de trabalhar diretamente com Juízes, como assistente, chefe de gabinete e assessor, mas ser reprovado 24 vezes na sentença.

Todos se admiravam do fato de eu saber fazer sentenças e votos, mas não lograr êxito no concurso que, justamente, avaliava essa atividade.

Esse lapso de 10 anos (1997 a 2007) serviu para muitas coisas, dentre as quais, nunca, mas nunca mesmo, nem pensar em desistir. O desânimo pós-reprovação é natural, mas deve ser passageiro, porque logo em seguida deve ter uma primeira fase nos aguardando.

Tentar, sempre que possível, se abstrair daqueles comentários desanimadores, do tipo: "E, aí? Ainda não passou?", "Puxa, vc ainda está prestando???", ou coisas parecidas.

E digo isso, agora, porque após alcançar o objetivo maior tudo isso vai parecer distante e insignificante. Fui aprovado há uma semana e tenho a impressão que meu primeiro concurso foi há um mês, e não 10 anos.

É um caminho, para alguns dentre os quais me incluo, logo, sinuoso, cheio de altos e baixos, mas no final percebemos que tudo valeu a pena.

Dentre essas experiências positivas, o GEMT foi muito importante, tanto pelo conforto de ser aceito em um grupo seleto e voltado para o estudo sério de nossa área, como pelo nível das discussões que nos fazem perceber a importância do racioncínio dialético para o fenômeno jurídico.

Agradeço ao Davi pela oportunidade e aos demais participantes pelas informações e posicionamentos que me levaram a tantas certezas e mudanças de opiniões em certos temas.

Desejo sorte a todos e, muita, mas muita mesmo, fé, porque é só não desistir que o sucesso é inexorável.

{Fábio Augusto Branda, aprovado no concurso do TRT/MG-2007, menos de um ano após ter ingressado no GEMT.}