{Aprovado no TRT/08, Fábio Feijão (Fortaleza/CE) envia um dos depoimentos mais emocionantes da história do GEMT.
*GEMT é divino, afirma participante de Fortaleza/CE

Fábio Feijão escreveu:}

Davi,

Sempre que eu acabava um período qualquer de estudos, ou mesmo uma rodada de 2ª fase/sentença do GEMT eu olhava pra cima da minha mesa...Ficava contemplando aquela bagunça e chegava pessimista e irônico à conclusão de que um caos daqueles instalado nunca me permitiria ser um magistrado trabalhista.

A prova de que tudo é possível está aqui, hoje, materializada, um dia depois de minha aprovação para o TRT do Pará.

Falo não apenas da desorganização que me é peculiar. Refiro-me ao desespero que me invadia ao imaginar todos os meus pares que também se submetiam aos certames laborais, provavelmente advogados militantes, ou mesmo estudiosos com longa bagagem, quem sabe até servidores experientes, e eu, um recém-formado bacharel ex-engenheiro militar, e atualmente servidor fazendário (tudo a ver, né?), com uma pretensão nada modesta de ser Juiz do Trabalho.

O período pós-formatura foi de completa indecisão. Prestei concurso para todas as áreas possíveis do Direito, pois sinceramente não sabia que rumo tomar; na verdade nem sabia se queria mudar de ares, pois de certo modo me era conveniente a carreira na auditoria-fiscal aqui em Fortaleza.

Entrar no GEMT foi crucial nesse aspecto. O aprofundamento das discussões semanais, a sensação de poder contribuir, a constatação de ir formando um ponto de vista sobre os assuntos, que se multiplicavam em profusão, foi me despertando paixão pelo Direito do Trabalho.

Ficava ansioso esperando a publicação das respostas semanais, e tanto quanto maravilhado com a participação dos colegas, procurava pelo meu nome, pra saber se de repente mereci alguma distinção no que tinha escrito. Não sei, mas isso de certa maneira me estimulava permanentemente. Sempre procurei propor solução para todas as questões, justamente entendendo que uma delas não respondida poderia comprometer uma aprovação algum dia.

Lembro da prova da 2ª fase de Belém. As questões tinham sido todas discutidas anteriormente no grupo, e a sensação que tive foi de estar participando de um jogo como se estivesse treinando, ou seja, sem aquela pressão exagerada, fatalmente prejudicial a um bom desempenho. Fiquei assombrado porque o tempo me permitiu discorrer sobre tudo sem sobressaltos, numa tranqüilidade minimamente previsível. Apesar de surpreso, evidentemente aquilo pra mim era agradabilíssimo. Não tinha certeza alguma de aprovação, mas sabia que estava bem, mantendo o equilíbrio. Deu certo. Passei.

Veio a sentença. Meu Deus – pensei –, 2ª fase já foi demais (nunca tinha conseguido, depois de 3 concursos)...Nem sonha que da 3ª fase tu não passas!

E não falava isso de graça. A prática nos simulados do GEMT/PCIS me trazia muita apreensão – até em razão do meu distanciamento do foro – e os resultados quinzenais sempre me decepcionavam um pouco, primeiro porque NUNCA (mesmo!) conseguia terminar o exercício no tempo regulamentar, e também porque RARAMENTE tirava 5 (mais do que isso então...NUNCA tirei).

Mesmo com imensa dificuldade, tentei perseverar, apesar de confessar que não sentia tanta evolução. Depois de 16 sentenças corrigidas só tinha “passado” em 3 ou 4, e estava às portas na minha prova na 8ª Região.

Foquei. Além de tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o “estilo da região” e da Banca (recomendo a todos!), fui atrás das sentenças dos meus colegas de PCIS mais bem sucedidos que eu. E como isso foi importante. Pude identificar algumas falhas mais claramente, e consegui finalmente entender que tinha que sistematizar mais meus pensamentos na prova. Não foi uma sentença primorosa, mas Deus me permitiu mais essa glória.

Quando saiu o resultado de novo imaginei que não daria pra avançar mais. Depois do “gelo” concursal de 2006 (o CNJ bateu o martelo sobre os 3 anos no final de 2005, e eu só completei o requisito em maio de 2007) era o primeiro concurso que fazia para a magistratura do trabalho novamente. Por outro lado, sabia dos comentários de que a prova oral não era nenhum monstro, e que de repente não precisaria me esforçar muito pra ser aprovado. Mas não é bem assim.

O que tenho a dizer sobre o exame oral é o seguinte. É importantíssimo ser ajudado pelos outros nessa fase, mais do que em qualquer outra. O seu conhecimento acaba tendo um somenos de importância, principalmente se você encontrar pela frente um examinador mais exigente, e que queira trazer para o dia da argüição uma situação normal de audiência, perguntando-lhe coisas inimagináveis, só pra te desestabilizar emocionalmente. Deve-se tentar estudar os pontos, não de maneira exaustiva (porque é tarefa desumana), para que na véspera aquela parte sorteada seja mais fácil de ser processada.

No mais, é estudo, estudo, e muita renúncia. Não me arrependo de nada, no entanto. Se meu momento não fosse agora – e só foi porque Deus achou que deveria ser – estava disposto a me manter firme no propósito, até porque sei que não existe pessoa que não consiga seus objetivos, mas apenas aquela que desiste deles.

Meu amigo, é isso. A felicidade, cumulada com o alívio, é muitíssimo confortante. Não vou plagiar alguns brilhantes colegas dizendo que o GEMT é mágico. Puxando para uma visão religiosa e bem-humorada, também pedindo vênia àqueles que não professam a mesma fé que eu, diria sim que o GEMT É DIVINO!

Grande abraço, meu muito obrigado, e sucesso a todos,

Fábio

Proudly designed with Oxygen, the world's best visual website design software
SuperNova Concursos @ AtomTI
linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram