{Em um dos depoimentos mais emocionantes da história do GEMT, Priscila Cota Pacheco (Belo Horizonte/MG) demonstra toda sua humildade e gratidão por aprovação no exame oral do TRT/SP e afirma: “Crescimento após ingresso no GEMT foi percebido a olho nu por meus colegas”.

“Disse ao Davi que segunda fase era meu Golias”, afirma futura juíza colaboradora, que jamais havia sido aprovada em uma segunda etapa antes de ingressar no grupo.

Priscila escreveu:}

Olá Davi e família GEMT, desculpa a demora em dividir minha alegria com vocês, mas após a aprovação foi um turbilhão de providências com a posse às vésperas, isso sem contar que depois de anos me dei o direito de viajar no feriadão.

Primeiramente, gostaria de compartilhar um pouco da minha história de vida, já que muitas vezes desanimada, essas histórias, lidas por mim no GEMT, me incentivaram e deram força para prosseguir.

Nasci em uma família sem condições financeiras, na qual faltavam as necessidades básicas, exceto o amor, a fé e a união. Estudei a maior parte da minha vida em escolas públicas, por falta de condições, mas meu pai sempre fez questão que eu e minhas irmãs sempre estudássemos, pois acreditava que era a única herança que podia nos dar.

Eu sempre tive um pouco de dificuldade de aprendizado e vivia em aulas extras, que meu pai e minha mãe se sacrificavam para manter.

A minha vida toda escutei de muitos que não havia sido agraciada com inteligência, mas que era muita esforçada e dedicada, merecendo meu lugar ao sol.

Formei em uma faculdade particular com esforços dos meus avós, dos meus pais, de uma bolsa que consegui e do meu trabalho desde os 15 anos.

Desde a faculdade sonhava com a carreira de Magistratura do Trabalho, mas após a formatura me permiti usufruir dos esforços do meu trabalho como advogada.

Em 2007, comecei a trilhar meu caminho rumo à aprovação, com seriedade, estudando, mas também trabalhando para conseguir custear o sonho.

Nessa época foram 2 aprovações em primeiras etapas. Todavia, encontrava um obstáculo, até então, intransponível em minha vida, a 2ª fase.

No fim de 2008, larguei o trabalho em tempo integral, trabalhando apenas as sextas-feiras, contando com a compreensão do meu chefe e colegas de trabalho. Neste momento também conheci o confrade Alexandre Barros, que em uma dessas conversas de aeroporto, retornando de São Luís do Maranhão, me falou do GEMT.

Já tinha ouvido falar por alto, mas ele indicou, sendo fraterno e deixando de lado as rivalidades que por vezes encontramos.

Ingressei no GEMT em janeiro de 2009, confidenciando ao Davi que a 2ª fase era o meu Golias.

No prazo de um ano o GEMT me forneceu ferramentas inimagináveis: primeiro não precisava correr atrás das notícias, pois elas chegavam até mim, através do trabalho carinhoso do coordenador no boletim de notícias; a legislação, também como “mágica”, surgia fresquinha na minha caixa de e-mail; os depoimentos eram fonte de renovação, na qual ia beber em cada dificuldade e desânimo; as dicas de estudo, divulgadas no rádio GEMT e em podcast, eram metas que eu seguia como um fiel soldado; isso sem falar nas rodadas, sejam as semanais ou a Express (que me socorreram quando os concursos pipocaram sem folga), que serviam de fonte inesgotável de debates, que os livros por sua limitação física não foram capazes de suprir.

Foi expressivo meu crescimento após abraçar essa família, crescimento esse percebido a olho nu, por aqueles que me acompanhavam por perto.

O concurso de São Paulo foi especial para mim, não só pela aprovação, mas por todas as circunstâncias que o nortearam. Primeiro, porque eu sequer havia passado na primeira etapa, isso mesmo. Faltaram 7 pontos para alcançar a nota de corte, mas eu não desisti, como tudo em minha vida, vi no obstáculo um desafio e corri atrás. Recorri e em 10 questões anuladas/alteradas, aproveitei 7, exatamente o que eu precisava para atingir a nota de corte.

Na segunda etapa tive a grata surpresa de encontrar apoio em um membro dessa grande família, a colega e fonte de sabedoria e equilíbrio, Andressa Batista de Oliveira, que acompanhou a minha caminhada a partir de então até o fim, tal qual como mãe, me ouvindo, quando precisava; puxando minha orelha, nas minhas distrações; insistindo para que eu continuasse a estudar em momentos de cansaço; até o trote, no dia do resultado, primeiro me informando que eu não havia conseguido e depois desmentindo e sendo a portadora das boas novas.

Foram muitas as dificuldades: financeiras; reclusão social; afastamento de “amigos”; renúncia ao convívio familiar. Todavia, quanto maior a dificuldade, maior tem que ser a esperança, a fé, a vontade, a gana, pois são as nossas armas.

Como disse antes, até então não havia passado em nenhuma segunda etapa, mas em SP eu vi a 2ª, a 3ª e a 4ª ficando para trás como um passe de mágica.

Nessa caminhada contei com alguns anjos da guarda, uns citados, outros embora não referidos, tive o prazer de agradecer pessoalmente, mas quero deixar registrado que o GEMT foi um desses anjos e me ajudou a vencer meu Golias e atingir a glória.

Obrigada família GEMT, obrigada Davi, obrigada em especial aos membros: Andressa, Alexandre Barros, Hadma e Natália.

Só queria dizer a todos que não desistam dos sonhos, pois maior que sejam as dificuldades, e as minhas foram enormes, as recompensas são maiores, pois quanto maior a montanha a percorrer, mais linda a vista lá de cima.

Sei do meu compromisso daqui por diante com a justiça, mas também quero firmar meu compromisso com aqueles que tiveram ao meu lado, sobretudo a família GEMT. Obrigada e contem comigo sempre.

Priscila Rajão Cota Pacheco.

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